domingo, 25 de fevereiro de 2007

110- Folclore futebolístico bauruense.

“Quem é que não se lembra do Virgílio, aquele crioulo forte, revelado pelo XV de Jau e que jogou muito tempo no Noroeste?
Virgílio era de lascar, sendo que certa vez retrucou o conselho do médico sobre um dente que doía. Estava com um dente inflamado que, por isso, provocava constantes inflamações, com problemas de foco. Ao examinar esse dente, o dr. Victor Barosa, médico do clube, acabou por sugerir:

- É, Virgílio, você terá que extrair esse dente, senão, não vai jogar tão cedo!

A reação do jogador foi imediata:

- Extrair uma merda, vou é arrancar no duro!

Virgílio é o mesmo que chegou com o Noroeste na Bolívia, lascando um castelhano de doer, ao entrar em uma boate, empostou a voz e pediu uma “Cueca-Cuela”.
Certa vez estava para reformar o contrato, quando foi aconselhado por colegas do time, que achavam que pelo fato de ser analfabeto, seria facilmente dobrado pelos diretores. Falaram:

- Se te chamarem para a renovação do contrato, não aceite menos que oitocentos contos de luvas.

Darcy César Improta, o presidente de então, considerando ser uma mão de obra muito grande conversar com o complicado Virgílio, transferiu a tarefa para Nobuji Nagashawa que, pela sua filosofia, reunia melhores condições de falar com o atleta. Lá foi o seu Nagashawa conversar com Virgílio, em um papo mais ou menos assim:

- Birgilio, presidente mandô reforma seu contrato e eu resorbí dar um miron de ruva, você aceita non?
Virgílio sacudiu a cabeça e respondeu:

- Discurpa, seu Nagashawa, mas não assino por menos de 800 contos!”.

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