segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

24– A Vingança da Cafetina.

Pirajuí tinha movimento em virtude das fazendas de café.
E onde existe movimento e dinheiro tem bordel.
Lá não era diferente, tinha a “Casa da Zefa” freqüentada pelos boêmios da cidade.
Eram tempos românticos que hoje ameaçam voltar.
Lampiões, geladeiras a querosene ou mesmo cervejas no gelo e pó de serra.
Certa vez, Piter tomou todas e foi em direção ao bordel da Zefa, para verificar se alguma garota nova havia chegado.
Com vontade de fazer suas necessidades fisiológicas e com preguiça ou medo de ir ao fundo do quintal, acabou utilizando para esta finalidade a bacia de múltiplo uso da casa.
A bacia onde as mulheres tomavam seus banhos, lavavam os pés e as roupas intimas.
Lá ficou a enorme marca de Piter!
Como havia ingerido umas cachaças e comido uns torresminhos, claro está que o odor nada agradável, logo se fez perceber.
Zefa como boa cafetina calou-se!
Passados alguns dias convidou os clientes preferenciais da casa para um almoço no domingo.
Felicidade da boêmia!
Almoço no bordel!
E por conta da Zefa!
Foram alegres, Piter ainda meio bêbado das farras da noite anterior.
Ah... mas na hora em que Zefa serviu a macarronada dominical na bacia de múltiplo uso, Piter sarou rapidinho e lembrou-se do que fizera.
Não almoçou, alegando estômago ruim por causa das cachaças.
Para Zefa não restaram dúvidas, o único que não almoçou foi o autor da cagada!
Que para tristeza ainda teve que comprar uma bacia nova, para as meninas poderem usar.
Ainda hoje, o estômago do velho guerreiro embrulha quando vê macarronada em bacia!

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